Sobre Obesidade
Causas da Obesidade Mórbida
As razões para a obesidade são diversas e complexas. Apesar da ciência convencional, a obesidade não é simplesmente um resultado de alimentação excessiva. Pesquisas têm demonstrado que, em muitos casos, uma causa significativa e fundamental da obesidade mórbida é a genética. Estudos demonstraram que, uma vez estabelecido o problema, esforços como programas de dieta e exercícios muito pouco adiantam para proporcionar um alívio eficaz a longo prazo.
O corpo humano pode ser comparado a um automóvel que, para se locomover necessita de combustível. Caso o motor esteja regulado obtém-se um bom rendimento. Se o motor for muito solicitado, haverá grande consumo e, ao contrário, se for poupado, andando lentamente e aproveitando as descidas em "ponto morto", acontecerá economia do combustível. O mesmo ocorre com o organismo e, este processo se chama METABOLISMO. Caso a quantidade de alimentos (CALORIAS) supere o gasto energético, o excesso ficará armazenado sob a forma de gordura. Pouco falta para se decifrar o enigma da obesidade e, em breve, poder-se-á responder o porquê de algumas pessoas engordarem e outras não.
Fatores que Contribuem para a Obesidade Mórbida
As causas fundamentais da obesidade severa são desconhecidas. Há muitos fatores que contribuem para o desenvolvimento da obesidade, incluindo transtornos genéticos, hereditários, ambientais, metabólicos e alimentares. Há também determinadas condições médicas que podem resultar em obesidade, como o consumo de esteróides e hipotiroidismo.
Fatores Genéticos
Vários estudos científicos estabeleceram que os genes têm um papel importante na tendência de ganhar peso excessivo.
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O peso do corpo de crianças adotadas não apresenta correlação com o peso do corpo de seus pais adotivos, que os alimentam e ensinam como comer. Na verdade, seu peso tem uma correlação de 80 % com seus pais genéticos, que eles nunca encontraram.
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Gêmeos idênticos, com os mesmos genes, apresentam uma similaridade muito maior de peso corporal que gêmeos fraternos, quem têm genes diferentes.
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Certos grupos de pessoas, como a tribo de Índios Pima, no Arizona, possuem uma incidência muito alta de obesidade severa. Eles, também, têm índices significativamente maiores de diabetes e doenças cardíacas do que outros grupos étnicos.
Provavelmente, temos diversos genes diretamente relacionados ao peso. Assim como alguns genes determinam a cor dos olhos ou altura, outros afetam nosso apetite, nossa capacidade de nos sentirmos cheios ou satisfeitos, nosso metabolismo, nossa capacidade de armazenar gordura e até nossos níveis naturais de atividade.
No aspecto genético, um par de genes codificam uma proteína, a LEPTINA, encarregada de controlar o acúmulo de gordura no organismo. Apenas quando nenhum dos pais transmitem este gene é que a mesma não será produzida, induzindo a um grande aumento de peso. Até 8 anos de idade forma-se a "gordura marrom", ou seja, a gordura permanente. Sendo assim, uma criança obesa possui uma maior probabilidade de se tornar um adulto obeso.
A pressa e o despreparo dos pais muitas vezes levam a uma oferta exagerada de alimentos desde o nascimento. Nem sempre o recém-nascido chora por fome, mas, automaticamente, além do colo e de roupas secas, é lhes oferecida comida. Estas crianças são condicionadas a relacionar os alimentos com o conforto, carinho e proteção, fatos que procurarão o restante de suas vidas, sendo compelidos a buscar na comida o consolo e a comemoração.
Estudos estatísticos bem conduzidos estabeleceram a probabilidade de uma criança tornar-se um adulto obeso, baseados na obesidade de seus pais (aspecto genético) e na sua própria durante a infância (aspecto ambiental):
• Nenhum pai obeso e criança magra |
8% de possibilidade |
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• Apenas um dos pais obeso e a criança magra |
13% de possibilidade |
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• Nenhum dos pais obeso e a criança obesa |
21% de possibilidade |
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• Apenas um dos pais obeso e a criança obesa |
32% de possibilidade |
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• Ambos os pais obesos e a criança magra |
52% de possibilidade |
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• Ambos os pais obeso e a criança obesa |
86% de possibilidade |
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O Paradoxo Pima
Os Índios Pima são conhecidos nos círculos científicos como um dos grupos de pessoas que apresentam peso mais elevado no mundo. Na verdade, os pesquisadores do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH) os têm estudado há mais de 35 anos. Alguns adultos pesam mais de 250 kg e muitos adolescentes obesos estão sofrendo de diabetes, a doença com maior freqüência associada à obesidade mórbida.
Mas veja a seguir um fato realmente interessante - um grupo de Índios Pima, que vive em Sierra Madre, no México, não tem problemas com a obesidade e suas doenças relacionadas. Por quê não?
A teoria afirma que, após muitas gerações de vida no deserto, freqüentemente enfrentando escassez absoluta de recursos, os índios Pima mais bem sucedidos foram os que possuíam genes que os ajudaram a armazenar o máximo de gordura possível, durante o tempo em que havia alimento disponível. Hoje, os genes que armazenam gordura trabalham contra eles.
Embora as duas populações consumam um número similar de calorias por dia, os Índios Pima Mexicanos ainda vivem mais assim como seus ancestrais. Eles dedicavam 23 horas por semana para atividades físicas e consumiam uma dieta tradicional, muito baixa em gordura. Os Índios Pima do Arizona vivem como a maioria dos demais americanos modernos: consumindo uma dieta que consiste em aproximadamente 40 % de gordura, e participando de atividades físicas apenas durante duas horas por semana.
Aparentemente, o grupo Pima tem uma predisposição genética para ganhar peso. E o ambiente em que vivem - o ambiente em que a maioria de nós vive - torna-se quase impossível manter um peso corporal normal e saudável para os Índios Pima do Arizona.
Fatores Ambientais
Os fatores ambientais e genéticos estão obviamente muito ligados. Se você tiver uma predisposição genética para obesidade mórbida, então, o estilo de vida moderno e o meio ambiente podem dificultar ainda mais seu controle do peso.
Fast food, longos períodos do dia sentado em uma escrivaninha e morar em bairros distantes, o que requer o transporte em veículos, tudo isso reforça os fatores hereditários, como metabolismo e armazenamento de gordura.
Em geral, para quem sofre de obesidade mórbida, qualquer coisa, mesmo uma mudança total de ambiente, atrapalha atingir e manter um peso corporal saudável.
Metabolismo
Os fatores ambientais e genéticos estão obviamente muito ligados. Se você tiver uma predisposição genética para obesidade mórbida, então, o estilo de vida moderno e o meio ambiente podem dificultar ainda mais seu controle do peso.
Fast food, longos períodos do dia sentado em uma escrivaninha e morar em bairros distantes, o que requer o transporte em veículos, tudo isso reforça os fatores hereditários, como metabolismo e armazenamento de gordura.
Em geral, para quem sofre de obesidade mórbida, qualquer coisa, mesmo uma mudança total de ambiente, atrapalha atingir e manter um peso corporal saudável.
Transtornos Alimentares e Condições Médicas
A cirurgia para perda de peso não é uma cura para os transtornos alimentares ou obesidade mórbida. E há condições médicas, como hipotiroidismo, que podem causar o ganho de peso. Por isso, é importante trabalhar junto com a equipe, para assegurar que você não apresenta uma condição que deva ser tratada com medicamento e aconselhamento.